Estudos Organizacionais
Coordenador: Prof. Dr. Eduardo Ayrosa
Coordenador Adjunto: Prof. Dr. Charles Kirschbaum
Temas e Líderes:
Estimulam-se artigos teóricos e teóricos-empíricos com abordagem voltada aos diferentes níveis de análise: aprendizagem individual, em grupo, organizacional, interorganizacional e os relacionamentos interníveis. Pelo caráter interdisciplinar do fenômeno estudado serão bem recebidas pesquisas de diferentes orientações teóricas (psicologia, sociologia, da ciência das organizações, dentre outras) e diferentes orientações metodológicas. A seguir são apresentados alguns exemplos de conceitos tratados neste tema: aprendizagem organizacional; organizações de aprendizagem; aprendizagem formal e informal; aprendizagem transformadora e reflexão crítica de pressupostos; comunidades de prática; aprendizagem social e experiencial; aprendizagem pela prática; aprendizagem baseada no trabalho; práticas voltadas para a aprendizagem e gestão do conhecimento; mensuração da aprendizagem e relação com seus antecedentes e consequentes.
Estimulam-se artigos teóricos e teórico-empíricos que contemplem estudos sobre: atitudes, satisfação e motivação no trabalho; comprometimento organizacional e com a carreira; emoções e afetos no trabalho; percepção, atribuição e tomada de decisão; personalidade e características individuais no trabalho; valores pessoais, organizacionais e culturais; estética nas organizações; saúde e bem-estar no trabalho; conflito e negociação; liderança e poder nas organizações; estrutura e mudança organizacional; abordagem de práticas nas organizações.
Objetiva fomentar teorias e pesquisas empíricas aderentes aos estudos organizacionais sobre: Gênero, sexualidade (LGBTQ+), raça, idade, classe e outros sistemas de poder institucionalizados que produzem hierarquias, desigualdades e privilégios. Interseccionalidade entre identidades e diferentes formas de expressões grupais. Impacto das ações afirmativas, políticas de diversidade, gestão da diversidade e dos discursos nos diferentes grupos e na promoção de inclusão no trabalho e nas organizações. Barreiras estruturais e institucionais para a promoção de equidade e igualdade. Impactos da diversidade e da produção de diferença no bem estar individual, grupal e organizacional. Repercussão das estruturas organizacionais e laborais sobre sujeitos marginalizados e grupos dominantes. Produção de discriminações, preconceitos e estereótipos. Consequências das diferentes culturas, etnias e nacionalidades no ambiente laboral e organizacional. Produção identitária e suas relações com os estudos organizacionais. Experiências laborais de membros de diversos grupos. Pessoas com deficiência e identidades religiosas nas organizações. Diversidade na Academia.
O objetivo deste tema é atrair trabalhos que se empenham em discutir ativamente questões epistemológicas em administração sob qualquer visada paradigmática. Por "discutir questões epistemológicas", entendemos discussões sobre a produção de “verdades”: suas condições de possibilidade, seus limites, as críticas a que estas verdades são submetidas. Também entendemos que o debate epistemológico remete de forma direta àquele relativo a questões ontológicas, ou seja, à natureza do mundo em que estamos e no qual localizamos nosso olhar. Entendemos que questões ontológicas e epistemológicas são frequentemente coexistentes - daí o frequente uso do termo “questões onto-epistemológicas”. Ressaltamos que este tema não tem como objeto problemas de ordem puramente metodológica. Trabalhos sobre metodologia poderão ser submetidos quando envolvem de forma direta uma discussão de caráter epistemológico ou ontológico - ou seja, questões relativas à verdade e à natureza do objeto observado. Encorajamos submissão de trabalhos de qualquer orientação paradigmática, ainda mais porque a própria discussão sobre paradigmas é uma discussão sobre epistemologia.
Como o objetivo é abrir debates inter e transdisciplinares entre as diversas formas de produção de saberes em organizações, são muito bem vindos trabalhos baseados ou inspirados por áreas de conhecimento como filosofia, sociologia, antropologia, psicologia, psicanálise, história, geografia, economia. No sentido de produzir um ambiente propício para a troca de saberes, encorajamos não apenas o encaminhamento de investigações finalizadas, mas também a submissão de trabalhos que estejam ainda em processo de elaboração e tragam em seu bojo mais perguntas que respostas.
Embora as ciências administrativas com frequência se voltem ao estudo das organizações formais caracterizadas pela burocracia, pela hierarquia e por uma racionalidade formal, a realidade sempre é mais diversa. Inúmeras são as formas organizativas que emergem da realidade e fogem aos modelos hegemônicos. Neste tema, estimulam-se artigos teóricos, ensaísticos ou teórico-empíricos, com diversas perspectivas epistemológicas, teóricas e metodológicas aderentes aos Estudos Organizacionais nas seguintes temáticas: formas de organizar prefigurativas; organizações não-utilitaristas; organizações autônomas ou vernaculares; organizações horizontais; conceituação organizacional; formas alternativas de se organizar; organizações não-hegemônicas; dívida vs. dádiva; economia solidária; heteronomia vs. autonomia; convivialidade; organização artesanal; o bem comum; pós-extrativismo, decrescimento e bem viver."
Estimulam-se diferentes perspectivas teóricas, metodológicas e epistemológicas em Simbolismos, culturas e identidades organizacionais. Para isso, busca-se interpretar as organizações como locus da produção de culturas e da criação de significados. Este tema abre espaço para pesquisas sobre os seguintes tópicos: Aspectos culturais e interativos das relações com o “estranho”. Culturas nacionais, locais e organizacionais. Cultura, Religião e Ideologia. Patrimônio cultural. Cultura material e visual. Cultura e mudança organizacional. Cultura Digital. Discursos, linguagem, corpo, gestos e imagens. Ecos, sons, cores e aromas. Metáforas, histórias e ficções. Storytellings organizacionais. Espaço, ambiente e atmosfera. Representações simbólicas. O simbolismo social das organizações. Identidades socialmente construídas. Simbologias da identidade. Interfaces com a antropologia e sociologia.